Membros da CPI do Lixo ouvem CIBiogás

por afonso verner publicado 21/08/2025 18h22, última modificação 21/08/2025 18h22
Empresa afirma que estudo embasou somente dados fornecidos pela PGA

Nesta quinta-feira (21), os membros da CPI do Lixo ouviram o diretor presidente da empresa CIBiogás, Felipe Souza Marques, durante oitiva na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG). A empresa em questão foi a responsável pela elaboração de um estudo de viabilidade técnica que serviu como base para a construção da Usina Termoelétrica a Biogás (UTB), gerenciada pela Ponta Grossa Ambiental (PGA), e que é objeto de investigação da Comissão.   

Entre os questionamentos feitos, os membros da CPI perguntaram ao presidente quais foram as fontes de dados para a projeção de resíduos (12 a 30 toneladas/dia), e se a empresa verificou contratos formais com grandes geradores ou trabalhou apenas com estimativas fornecidas pela PGA. “Os dados utilizados para a elaboração do estudo foram todos fornecidos pela Ponta Grossa Ambiental (PGA), conforme previsto em contrato entre ambas as empresas”, respondeu o presidente da CIBiogás.   

O presidente também foi perguntado com relação ao parecer contrário da Procuradoria Municipal – que apontava ressalvas sobre ausência de reequilíbrio econômico do estudo - e porque o parecer não foi levado em consideração pela empresa. “O único ponto indicado pela CIBiogás era de que o prazo inicial não permitia a viabilidade, porque não haveria a possibilidade de retorno dos investimentos, então a necessidade de reequilíbrio econômico não foi levado em consideração no nosso estudo, mas nós fizemos a indicação da prorrogação do prazo, pensando nesse retorno”, disse Felipe.  

Os membros também perguntaram ao presidente por quais motivos o estudo não contemplava a coleta domiciliar pública, considerando que o contrato com a PGA é de concessão pública, e se não seria contraditório que a coleta excluísse a população em geral e contemplasse apenas clientes privados selecionados. Felipe disse não saber responder.  

De acordo com informações obtidas durante a oitiva, o estudo de viabilidade técnica desenvolvido pela CIBiogás, custou R$ 35 mil reais.  

Participaram da oitiva, os vereadores Geraldo Stocco (PV); como presidente, Professor Careca (PV), o relator; e Guilherme Mazer (PT), membro.