CEI da Castração sabatina secretária de Administração
A Comissão Especial de Investigação (CEI) da Castração, criada na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) para investigar o Pregão 90.025/2025, que terceiriza o atendimento do Centro de Referência para Animais em Risco (CRAR), além do Chamamento Público 1/2025 para a contratação de empresas que fiquem responsáveis pela castração dos animais, ouviu nesta quinta-feira (02), a secretária de Administração de Ponta Grossa, Isabele da Veiga Moro. Compõem a Comissão, os vereadores Florenal (Podemos), como presidente; Joce Canto (PP), a relatora; e Teka dos Animais (União Brasil), membro.
Durante a oitiva, os membros da Comissão questionaram a responsabilidade da secretária pelo processo licitatório. "Não fui a responsável. O que acontece é que a secretaria tem entre suas funções a centralização de algumas ações da administração. Nosso papel é de apenas fazer o acompanhamento do processo", explicou Isabele.
Na sequência, os membros perguntaram por quais motivos o Chamamento Público de cadastramento de empresas prevê o valor de R$650 reais por castração, e o processo licitatório de terceirização do CRAR estima custos de R$197 reais pelo mesmo serviço. "Porque são processos diferentes. O credenciamento leva em consideração as consultas de valores junto dos veterinários da cidade, diferente da administração do CRAR", respondeu a secretária.
Isabele também foi questionada com relação a possibilidade de vínculos de algum funcionário do CRAR com as empresas participantes do certame. "Não sei dizer. Não conheço toda a equipe que trabalha no local, tive contato apenas com o responsável pelo CRAR. Sei que surgiram comentários a respeito do assunto aqui na Câmara, mas não tenho conhecimento sobre qualquer vínculo", falou Isabele.
Entre outras perguntas, os membros da CEI também levantaram dúvidas com relação à capacidade estrutural do CRAR para receber a empresa responsável pela terceirização. "Estamos realizando todo um planejamento sobre o espaço. Entendemos que a prioridade no momento é que a empresa se instale no local e que já possa iniciar os atendimentos. Também consideramos a possibilidade de mudar o CRAR de local, mas são ideias para longo prazo", disse Isabele.
Ao final da oitiva, os vereadores também perguntaram à secretária o destino dos servidores que realizam o atendimento do CRAR. "Primeiro a empresa precisa se instalar e iniciar os atendimentos. Estipulamos um período de 15 dias para essa transição, momento que poderemos conversar com os servidores, junto da empresa que vai assumir os serviços, para que a gente entenda como se dará o prosseguimento dos atendimentos. Mas caso haja a necessidade de realocação, serviço é o que não falta na Fundação Municipal de Saúde", explicou.
Por fim, Isabele também foi questionada se, em casos de subcontratações de serviços por parte da empresa que assumirá a gestão do CRAR, serão priorizadas empresas locais. "O processo permite que até 40% dos serviços sejam realizados mediante subcontratação. É algo que fica a cargo da empresa decidir, mas acredito que o mais viável seja a contratação de serviços locais, especialmente pensando nos custos com transporte dos animais para outras cidades", completou a secretária.